DEMOCRACIA – um exercício para combater desajustes

A palavra democracia é formada por dois vocábulos gregos que, juntos, implicam uma concepção singular de relações entre governados e governantes: “demos” significa povo ou muitos, enquanto “kracia” quer dizer governo ou autoridade. (1) NUPPS USP

 

A possibilidade de participação direta na política é a principal característica da democracia participativa. Muitos países republicanos ocidentais têm, em algum grau, o desenvolvimento de algum tipo de democracia. Também existem grandes monarquias, como a Inglaterra, que são democráticas. (2) Brasil Escola

 

O termo democracia surgiu na Antiguidade clássica, em Atenas, na Grécia, para designar a forma de governo que caracterizava a administração política dos interesses coletivos dos habitantes das cidades-estados. Na Idade Média, o termo caiu em desuso. Só reapareceria por volta do século 18, durante as revoluções burguesas que eclodiram no mundo ocidental. No século 20, a democracia voltou a ser objeto de grande interesse. Isso aconteceu especificamente a partir da década de 1950, quando as sociedades ocidentais haviam passado por períodos de violência armada entre vários Estados, em decorrência das duas guerras mundiais. (3) UOL

 

Mas, como todas as outras formas de governo, a democracia também se modificou caminhando num plano de desenvolvimento rumo ao progresso de novas ideias que geraram novos valores e instituíram novas formas das pessoas participantes da sociedade se comportarem. Um conjunto de novos conceitos foi lapidado à medida que as pessoas foram descobrindo seu empoderamento e seu poder coletivo. Sendo assim a democracia contemporânea veio para se consolidar como modelo político e como ação estratégia de governo do povo, pelo povo, para o povo, mesmo que representado por um presidente e assistido por um congresso nacional como no modelo brasileiro.

 

Vamos nos lembrar aqui de alguns vetores fundamentais que fundamentam a democracia contemporânea:

 

1-     Participação popular ativa – as pessoas nutrem o sentimento de partilha pelo mesmo país, pelos interesses comuns que são a base sólida da vida coletiva.

2-     Prática da cidadania - as pessoas sentem-se comprometidas a participarem do país onde vivem e se assumirem como cidadãos, partícipes que exercem direitos e deveres.

3-     Decisões coletivas por meio do voto – constitui-se numa forma de eleger os representantes políticos do país, que devem ser os legítimos representantes de um país.

4-     Decisões baseadas no bem comum – os interesses de um cidadão não podem exceder o direito e bem coletivos, pois dessa forma provê-se o direito a todos de forma igualitária.

5-     Acompanhamento do desempenho dos políticos – se o cidadão vota e escolhe seus representantes caba a ele também seguir os passos dos eleitos para tanto. Não pode haver omissão e fechar os olhos para o trabalho ruim e desonesto de maus políticos.

 

 

 

Os caminhos da política são muitos e nem todos eles são bonitos, honestos ou saudáveis. Para que a democracia sobreviva faz-se necessário participação do cidadão em acompanhar o desenvolvimento dos trâmites e ações políticas e o trabalho das figuras públicas que atuam nas esferas federal, estadual e municipal. Devido ao grande volume de atividades e ações no serviço público existe um sem-número de desajustes e profissionais corruptos que, mesmo sendo funcionários públicos, atuam apenas em proveito próprio ou em negociações e esquemas que produzem grandes rombos nos cofres públicos.

 

Esses maus funcionários são considerados os desajustados da máquina pública. Eles omitem, enganam, falsificam, roubam, transgridem, mentem, usurpam e se aproveitam dos bens coletivos e públicos para seu proveito pessoal. Então parece que só existem mesmo duas saídas bem práticas:


*  participar ativamente da vida pública do seu país, estado ou município e


* votar corretamente nas eleições


Não devemos nos alienar para os desajustados que estão arraigados nos bastidores da política, devemos sim estar bem-informados e fazer o nosso papel de eleitor e cidadão responsável.

 

“A DEMOCRACIA NÃO É O PARAÍSO, MAS ELA CONSEGUE GARANTIR QUE A GENTE NÃO CHEGUE NO INFERNO.”

(Leandro Karnal).

Por Neidecy Nascimento 31 de janeiro de 2022
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Por Neidecy Nascimento 1 de dezembro de 2021
As festas de fim de ano se aproximam em torno do fim do mês de novembro. E de forma repetitiva os eventos, encontros, atos e ritos se repetem quase que mecanicamente. O que nos leva a pensar se toda essa enorme maratona gastronômica-presenteadora- familiar deve ser cumprida todo ano e a cada ano. Esse é o espírito das festividades de fim de ano? É assim que queremos nos sentir? Como ficam nossos desejos pessoais, liberdade e autonomia para escolher mudar o cronograma e fazermos algo bem diferente dos anos anteriores? Vamos seguir em frente e no caminho eu te explico. Vejamos alguns pontos importantes: REPENSE O SIGNIFICADO DAS FESTAS DE FIM DE ANO – para muitas pessoas estas festas representam o congraçamento familiar e religioso. É o momento de as pessoas refletirem sobre suas condições enquanto pessoas e enquanto membros de uma família e de uma comunidade. Contudo nem todas as pessoas dão este intenso valor à esta data. Se você curte o encontro familiar e toda aquela verdadeira prova olímpica de alimentos, diversão e presentes em conjunto com família e amigos então aproveite e se entregue. Se você não gosta e é mais intimista escolha seu jeito próprio de passar esse período e se recolha às suas próprias opções de lazer. NÃO JULGUE AS PESSOAS – assim como você não gosta das festividades de fim de ano existem aqueles que gostam, curtem e se sentem até deprimidos quando não podem estar no meio dos familiares. É um sentimento bastante generalizado. Contudo, muitas pessoas não apreciam o compromisso de ter que se reunir com familiares ou com tanta gente. Não julgue os outros. Se você não gosta deste tipo de atividade mantenha-se em suas atividades com menos pessoas, menos familiares ou mais isolado. Segundo Shevaun Neupert, professora associada de psicologia na Universidade Estadual da Carolina do Norte em Raleigh, “...as pessoas agora estão percebendo o valor de evitar certas situações”. “Certamente há uma hora e um lugar em que evitar é a melhor estratégia”. TEM GENTE QUE NÃO GOSTA DE COMEMORAÇÕES – tem gente que não gosta de se aglomerar com família, não pode consumir muitos produtos das ceias festivas, não aprecia a pressão cultural por ter que estar neste tipo de eventos, não curte a época por ser período de extremo consumismo, muito acúmulo de pessoas em todos os locais, desgaste por enfrentar as pressões do trabalho no fim de ano. Para muitas pessoas é uma verdadeira maratona TEM GENTE QUE NÃO GOSTA DE TODA A RESPONSABILIDADE – muitas pessoas reclamam de toda a pressão de cumprir as exigências do fim de ano. Comprar presentes, amigo oculto no trabalho, escolher um prato para levar na ceia, ter que escolher na casa de quem vai fazer a “gandaia” do ano novo. Ufa!!! Fica tudo muito cansativo. Por essas razões muitas pessoas optam por ficar em suas casas sozinhos ou viajar. MUITOS NÃO AGUENTAM A SAUDADE DE ENTES QUERIDOS – um dos claros motivos para não apreciar as festas de fim de ano é o fato de ter que reviver a ausência de entes queridos. Às vezes esta é uma realidade dolorosa. Então, ao invés de ficar sentindo e se lamentando essa ausência nada melhor do que não participar de toda a fanfarronice gastronômica e familiar. TEM PESSOAS QUE GOSTAM DE PASSAR A NOITE EM CARREATA DE CARIDADE – muitas pessoas preferem trocar as festas barulhentas por uma noite bastante comum, mas focada na realidade de suas crenças. Gostam de exercer sua caridade levando à população de rua um “marmitex” com uma refeição digna de ano novo. E junto com outros companheiros fazem uma verdadeira carreata distribuindo alimentos na noite de ano novo. Desta forma sentem-se bem no verdadeiro espírito da doação e da partilha, ajudando aos menos favorecidos. Com certeza é uma forma de manter-se antenado na sofrida realidade do mundo atual. Seja sozinho, com amigos, familiares, com pouca gente ou com muita gente, faça aquilo que você julga que seja bom para você. Não faça nada que se sinta obrigado. A melhor ação vem da compreensão das suas próprias necessidades e dos seus melhores engajamentos. A melhor atitude vem do despojamento, do coração franco, da iniciativa aberta. Sem falsos moralismos ou fúteis recompensas. Seja você mesmo, faça o que quiser. Nunca desista de si mesmo. Tenho certeza de que aqueles que gostam de você vão te aplaudir sempre. “VALORIZE O QUE TE TORNA ÚNICO E DESCUBRA O PODER DE SER VOCÊ” (Paty Pegorin)