A família pode ser definida como uma instituição social formada por um conjunto de grupos sociais pertencentes a uma determinada cultura que se unem por laços sanguíneos ou afinidade. Ela corresponde a possivelmente uma das mais antigas instituições pautadas nos agrupamentos humanos e nas necessidades de sobrevivência em coletividade.

A família surge da necessidade de oferecer proteção e segurança aos seus membros, de partilha de alimentação, habitação e conforto, da instauração das noções de pertencimento, amparo e acolhimento e das primeiras noções mesmo que incipientes de organização, poder e liderança grupal. Mas tenhamos em conta que assim como a estrutura e as condições da família não são estáticos o grupo familiar humano também não, sofrendo influência de variados fatores como o tempo, o espaço, o tipo de sociedade e os eventos e fenômenos. Portanto podemos entender que a família não é a mesma nunca. Está sempre se modificando.

As classificações dos tipos de família são múltiplas e variadas podendo tomar como referência o número de indivíduos, suas formas de relacionamento, suas condições parentais entre outros, mas aqui vamos apresentar os tipos propostos por Carnut & Faquim (2014)

a) Família nuclear, incluindo duas gerações com filhos biológicos;

b) Famílias extensas, incluindo três ou quatro gerações;

c) Famílias adotivas, que podem ser bi raciais ou multirraciais;

d) Casais;

e) Famílias monoparentais, chefiadas por pai (masculina) ou mãe (feminina);

f) Casais homoafetivos (homo parentais), com ou sem crianças;

g) Famílias reconstituídas, após divórcio;

h) Várias pessoas vivendo juntas, sem laços legais,

Vemos na identificação acima que não poderíamos de forma alguma reduzir as mais variadas formas de relação entre membros de uma família à uma mera e tecnicista classificação de seus tipos.

A família é um espaço de convivência que representa o nosso maior suporte. É claro que se não estivermos com nossos familiares diariamente vamos vivendo também. Mas se estivermos perto daqueles que são nossos pares mais diretos as coisas melhoram. Não estamos aqui nos furtando aos vários problemas que as famílias passam, mas quando estamos ancorados em nosso grupo familiar existem maiores chances de encontrarmos boas respostas para os problemas do dia a dia-

Podemos enumerar os elementos bem relevantes para a boa convivência familiar:

ψ Dar a todos os membros da família os mesmos direitos para que haja voz e voto nas decisões.

ψ Solicitar a todos os familiares que cumpram seus deveres uma vez que o grupo unido proporciona mais sustentação e apoio.

ψ Exercer a troca de opiniões favorecendo o diálogo permanente tanto no plano das ideias convergentes como das divergentes. É conversando que a gente se entende.

ψ Valorizar a contribuição financeira de todos mesmo que uma das partes dê menos e outra mais. Todos precisam vivenciar a experiencia da partilha para o sustento da família.

ψ Incrementar o cotidiano de convivência familiar onde cada membro deve mostrar verdadeiramente o quanto se importa com o outro. Perguntar sobre o dia, fazer elogios sinceros, ajudar nas tarefas domésticas, participar ativamente da vida dos membros. 

ψ Não se esquecer que todos nós temos um período em nossa existência. Então vivamos da melhor maneira com nossos familiares, com ações amorosas, de valor e reconhecimento diário sobre quem nos importa.