Os bons caminhos no ato de educar



Nos tempos atuais educar as crianças não tem sido tarefa das mais fáceis. Os “pequenos” e os “grandes” parecem nos testar a cada minuto do dia e depois da nossa intervenção ficamos pensando se o que fizemos foi realmente certo ou então vem a culpa e ela nos bate.
Isso dá o que pensar: o que é realmente importante na educação das pessoas?

O ato de educar

Educar representa o ato de provocar ação ou efeito de promover a pessoa de uma condição menos elevada para a condição de maior elevação, de aperfeiçoar as capacidades intelectuais e morais de alguém. É compartilhar experiências, agregar valores, aproveitar do bom e modificar o que não é.
Podemos dizer que educar é um processo que acontece por toda a vida de alguém, pois ela se dá nos diferentes ambientes e circunstâncias pelas quais o indivíduo passa para tornar-se efetivamente uma pessoa.
O processo de educar acontece no seio familiar do indivíduo, no seu local de trabalho, na igreja que frequenta, nos grupos de amigos, por meio das instituições públicas e privadas, na vizinhança e no bairro em que mora, entre outros.
O Instituto Vidas Raras (S.D.) nos apresenta que “ (...) A Educação é um direito fundamental que ajuda não só no desenvolvimento de um país, mas também de cada indivíduo. Sua importância vai além do aumento da renda individual ou das chances de se obter um emprego. ... Por meio da Educação, garantimos nosso desenvolvimento social, econômico e cultural.”
O Instituto (s.d.) ainda nos indica as contribuições da educação para a formação da pessoa e da sociedade: combate a pobreza, faz a economia crescer, promove a saúde, diminui a violência, garante acesso a variados direitos, ajuda a proteger o meio ambiente, aumenta a felicidade, fortalece a democracia e a cidadania, ajuda a compreender o mundo. 


Instruções no ato de educar

Educar constitui-se num ato que demanda tempo, atenção, uma boa dose de paciência e muita dedicação. Para levarmos o indivíduo à condição de “educado” precisamos investir maciçamente em orientação, diálogo e capacidade de escuta. 
Educar é mais do que apenas falar para o outro o que ele deve fazer. É construir momentos de entendimento do que representa respeitar os limites de convivência e a disciplina dos espaços comuns a várias pessoas, para possamos transitar no mundo da convivência em sociedade. 
Lembremo-nos de que a educação dura toda uma vida e dessa forma vamos aprendendo por meio de experiências o ato de conviver em grupo. Essa é a base da nossa vida coletiva.


Princípios fundamentais para promover uma educação ajustada

1. Estabelecer limites. Na convivência diária com outras pessoas, nos grupos dos quais fazermos parte temos que ter bem definido que existem fronteiras necessárias para ninguém invadir o espaço de ninguém. O seu quintal termina onde começa o do vizinho.

2. Viver com disciplina. Regras são para todos. Eu tenho que ser meu próprio controle, meu próprio censor. A travessia na vida ficará mais fácil se eu tiver um mapa. Vale também usar um GPS.

3. Diálogo é essencial. Se não houver conversa entre todas as partes não se chega a lugar nenhum. Mesmo que demore insista em um bom bate-papo, mas não se esqueça do tempo para falar e do tempo para escutar o outro.

4. Cultivar a responsabilidade. Cada pessoa do grupo de convivência deve fazer sua parte, assumir suas escolhas e conviver com elas. Educar é uma ação boa para todos. 

5. Corrigir os erros e falhas. Neste tipo de situação não adianta ficar somente criticando. Sente, escute, argumente e mostre os pontos positivos e negativos. Quando for necessário administre a punição com o equilíbrio devido. Mas lembre-se que punição boa não pode ser apenas para o filho do vizinho.

6. Cuidado com a degustação da autoridade versus autoritarismo. Jamais esqueça que o poder inebria e depois corrompe.

7. Indique caminhos a seguir. Aproveite da idade e da experiência para ajudar e orientar os mais novos. E muitas vezes aproveite também da experiencia vivida pelos mais jovens para aprender alguma coisa.

8. Partilhe as rotinas de vida com todos. Está mais que provado que ficar na obscuridade corrompe as relações e induz as pessoas à falta de compromisso.

9. Seja flexível. Nada mais saudável que mudar de opinião e postura quando perceber que está errado.

10. Ame com moderação. Da mesma forma que o amor alimenta ele também sufoca e mata as relações mais significativas da nossa vida. Seja você mesmo a pessoa que é e deixe que o outro ser quem ele deseja. 

“Educai as crianças para que não seja necessário punir os adultos.”
(PITÁGORAS)

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